SER humano

O que faz da gente humanos? Como priorizar nosso lado ‘ser’ em projetos de design de interiores.

Quando  refletimos  sobre o quê realmente torna a gente humanos, podemos pensar em várias características, porém é possível resumir em uma qualidade que é só nossa e o norte de todas as nossas atitudes: a nossa habilidade de usufruir dos sentidos e interpretá-los.

“Todas as evidências de verdade, só vem depois dos sentidos.” Nietzsche.

É para a percepção que temos a transdução de tudo que nos rodeia,  e o que nos rodeia são os ambientes e o que está inserido nele. Somos indissociáveis dos ambientes, naturais ou construídos. Portanto é nessa relação, no envolvimento com os ambientes, que o nosso corpo se insere  e a nossa mente aprecia.

Nossas necessidades para ser humanos são as mesmas necessidades instintivas desde sempre.  Nossos sentidos não mudaram, e nosso  lado primitivo ainda exige que os mesmos sentidos sejam reconfortados.  Nossos instintos tendem a definir as informações que consideramos necessárias muito rapidamente. Já sabemos tudo que queremos e precisamos, só precisamos crer neles e dar atenção à eles.

Para isso, o design de interiores tem que, primeiro, instigar o cliente a comunicar melhor o que os sentidos e os instintos dele almejam. Em seguida, o projeto do ambiente tem que abranger  todos os sentidos, precisam ser ambientes que ouvimos, cheiramos, tem sabor, ambientes que sentem. E não só ambientes que se veem, a visão não precisa ser superestimada. Que olhemos através da visão.

”Um olho vê, o outro sente.” Paul Klee

Existe a necessidade, ainda não tão discutida, de poder integrar a aparência dos ambientes com o modo como sentimos eles. Não se fala  muito de sentimentos no design de interiores, se fala de gosto, de belo, de juízo de valor em coisas que não deveriam ter. O design de interiores ele deve é ser visceral, verdadeiro e pessoal.