Rodapés e rodatetos

Além de arremate entre os planos, esses acabamentos têm função estética.

Apesar de utilizados em locais diferentes, os rodapés e rodatetos cumprem função bem semelhante e específica: Serem arremates para o “ponto de encontro” entre a parede e o piso, e a parede e o teto, respectivamente. Mas a composição dos ambientes também é feita de detalhes e além de sua tarefa primordial, esses elementos podem desenvolver um papel estético, com diversas possibilidades que variam em formatos, tamanhos, cores e materiais.

Para residências com predominância do estilo clássico, o rodapé alto sempre será tendência, pois além de servir como moldura, combina perfeitamente com as boiseries. Os projetos modernistas não precisam utilizar o acabamento, mostrando um lifestyle mais brutalista, ou até contar com rodapés mais retilíneos. Já os espaços minimalistas “conversam” bem com os rodapés invertidos, quase imperceptíveis, mas estes só servem para locais em construção, pois devem ser previstos antes da obra.

No que se refere as medidas, não existe um padrão definido, pois vai depender do projeto em questão. Porém, os mais utilizados são os rodapés brancos em poliestireno que podem ter altura entre 7 a 12 cm. Com melhor custo-benefício, esse modelo, que combina com diversos estilos, parece madeira, mas possui material plástico durável, é de fácil aplicação e pode ser utilizado em áreas molhadas, menos nas submersas, como os locais de chuveiro, por exemplo.

Utilizar o rodapé para esconder a fiação elétrica até pode ser uma opção “quebra galho”. Em alguns casos, o modelo de poliestireno tem um recorte interno para abrigar a passagem dos fios, mas o ideal é prever um projeto adequado para embutir a fiação em conduítes e paredes.

Geralmente a instalação é fácil, principalmente por causa do silicone autocolante. Porém, os cortes em áreas de quinas devem ser feitos em meia esquadria – 45 graus – e para isso, é necessário um maquinário específico que não é indicado para ser feito pelo consumidor final.

Como mencionado no início do texto, além de sua principal função, os rodatetos também podem remeter ao estilo que o ambiente procura transmitir, mas não são aplicados com tanta frequência, pois os acabamentos de teto podem ser feitos com os rebaixos em forro de gesso.

As opções disponíveis no mercado são sempre mais clássicas, isto é, com trabalhos em detalhes e recortes ornamentados. Utilizados em todos os ambientes, assim como o rodapé, não possui um tamanho padrão e pode ter diversos materiais, como o poliestireno e o próprio gesso, mesmo material dos forros.

É importante ressaltar que os rodatetos não necessariamente atrapalham a iluminação, eles ficam no entorno do cômodo fazendo o acabamento entre parede-teto. O que precisa de atenção em relação à iluminação são os forros de gesso, e aí entram também os detalhes como sanca.

Ah, para não confundir, existe diferença entre sanca e rodateto. As sancas são rebaixos para o forro de gesso e podem servir como acabamento no teto, mas cobrem uma área ampla e maior. Os rodatetos são apenas molduras que contornam o espaço.