Chá com design: Dê adeus ao excesso

um livro para desbravar a sensação libertadora de viver com menos em casa, apoiado nas diretrizes do minimalismo japonês.

Existe felicidade em ter menos, o autor garante. Ele viveu a mudança drástica para um estilo minimalista ao extremo, e nos apresenta os resultados vantajosos desta vida sem excessos. E esta vida minimalista que ele apoia, não é possível sem considerar o ambiente que chamamos de casa.

Você que é maximalista provavelmente vai iniciar este texto considerando o nosso chá de hoje desagradável. Mas com certeza seus ensinamentos podem ser muito valiosos para você também. Pois o objetivo final não é reduzir o número de posses, ou ter uma decoração minimal para seguir a tendência. O minimalismo, segundo o autor, é um método para os indivíduos poderem descobrir o quê é genuinamente importante para si mesmos.

No Oriente, o minimalismo possui uma força maior, por outras filosofias influenciarem seus adeptos. Como o Danshari que é a arte de arrrumar, descartar e reununicar às suas posses. E, sem contar, o fenômeno Marie Kondo que incentivou muitas pessoas à organizarem suas casas e reduzirem seus pertences.

No Ocidente, onde em grande maioria somos consumidores assíduos, adquirimos uma quantidade de itens muito além do necessário. Mas o que podemos fazer para viver -nem que seja um pouco, contra essa corrente, e o que devemos aprender com isso, é o que se torna o foco ao longo das páginas do livro.

Primeiramente, o enfoque é tentar descobrir os motivos porque acumulamos. Será que temos muitos itens por necessidade de autoestima, em uma tentativa de transmitir nosso valor por meio dos bens materiais? Ou será que gurdamos objetos por não conseguir desapegar de memórias afetivas?

Os movitos podem ser variados, após descobrí-los iniciamos um processo interessante de autoconhecimento. E, muitas vezes, não acreditamos que conseguiremos reduzir nossos pertences. Na psicologia existe um termo para isso, e chama desamparo aprendido.

Esperamos nossa vida acalmar para tornarmos minimalistas, porém a verdade é contrária, a vida só vai acalmar se nos tornarmos minimalistas. São as pequenas conquistas de evitar uma compra desnecessária, ou se desfazer de um item inutilizado que abrem as portas deste caminho engrandecedor.

Para isso, separei algumas dicas relevantes para esse início de processo:

-Não confunda organizar com minimizar. Não precisa de muita explicação né?

-Não fique criativo na hora de minimizar. Não invente novas formas de usar algo que está sem uso há muito tempo; não crie oportunidades mirabolantes para evitar se desfazer de seus bens.

-Fotografe e digitalize os objetos dos quais não gostaria de esquecer. Guarde suas memórias materiais de forma digital e mantenha espaço físico apenas para o que realmente importa.

-Não armazene algo que está sem uso apenas porque foi caro. Nesse momento, o objeto guardado apenas está causando mais stress e gasto mental do que se simplesmente nos desfizéssemos dele.

Ao final, teremos um espaço novo. Uma casa diferente.

É o espaço aberto, vazio, que possibilita nos trazer paz mental. São as áreas livres, vagas, que transmitem sensação de liberdade e uma mente sem amarras. Focamos no que é essencial para a vida e, consequentemente, temos mais tempo.

Nossa casa se torna mais espaçosa, e logo, mais serena. Com menos coisas, objetos e móveis, para cuidar, também temos menos para limpar e organizar em casa. Nosso estresse reduz, pois a mente têm menos com o que se preocupar e o nível de concentração melhora.

Por fim, aprende-se com o minimalismo que devemos ser gratos pelo que temos. E, por experiência própria do autor, nos tornamos pessoas mais positivas, tolerantes e generosas.

Sentir-se em paz todo o tempo, ao invés de esperar um dia para viver em paz.

Fonte inspiradora deste chá com design de hoje, livro de Fumio Sasaki intitulado “Dê adeus ao excesso”.